sábado, 17 de setembro de 2011

13.

Idalina não precisa de muitas extravagâncias para se sentir plena e ao rubro.
Quem já a conhece, sabe que é fervorosa sem dúvida, contudo desenganem-se aqueles que, por se assustarem com a sua libido sempre pronta, receiam que lhes bata ou que precise de artifícios macabros para se excitar. Idalina satisfaz-se com espontaneidades!

Comprou há tempos um chicote numa lojeca de acessórios eróticos, por achar piada ao objecto em si. Sempre sentiu um certo fascínio por materiais naturais, animalescos - a pele chama-lhe a atenção! A pele...a pele que a envolve, macia, suave, dourada. A pele do outro, cheirosa a macho, igualmente suave, transpirada, sedosa, quente! Sente um prazer especial em gravar na ponta dos seus dedos cada poro da pele alheia. Em ser beijada, desenhada, esculpida na sua própria pele, tatuada com a energia masculina do outro que a despe de repente e a deixa nua, exposta ao seu olhar desejante...

Simples, Idalina aguarda pela oportunidade de brincar com o seu chicote! Já se imaginou a desafiar alguém para ir ao seu encontro, num dia inesperado sem qualquer propósito ou com um pretexto estúpido, para surpreender à chegada - imediatamente à chegada, sem perder um segundo! Estará despida a rigor, apenas com uma tanga vermelha, descaradamente apelativa, de pernas moldadas pelos saltos mais altos que conseguir aguentar e os seios e cintura bem marcados por um corpete de cetim preto. O chicote na boca, lânguida... Não dirá nada! Ele só a verá à luz das velas que, espalhadas pela casa envolverão o momento de pura luxúria!

Espontaneidades...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

12.

...esfrego as mãos encaloradas, desprovidas de qualquer pudor nos pensamentos que transportam na ponta dos dedos. escrevo.

foi quinta feira de madrugada que me apercebi do teu cheiro intenso a romãs doces, quando te acordei num beijo lânguido na extremidade do teu sexo pulsante. estavas quente, à espera da minha boca, do meu desejo, do meu corpo inteiro. querias-me logo cedo, antes de mais, antes de tudo...sorrio baixinho ao lembrar a tua mão atrevida colocada sem reservas nas minhas nádegas largas, redondas e, na ponta dos dedos atravesso o teu sabor a sal, aquele que me trazes de novo à boca depois de te teres banhado no rio profundo que é o meu. queres-me tua, de todas as maneiras. dou-te-me, mostro-me-te para que me olhes esfregando o sexo. derretes-te de prazer, acendes-te ainda mais no desespero por me possuíres de costas voltadas para ti. espera.

arde um fogo lento, nas curvas acentuadas que me moldam a figura.
fode-me agora, de uma vez só. atira-te de cabeça aos meus seios enquanto me sento em ti, me abraço, me fundo até me perder de vista. sofres de prazer. não dá tempo. o espaço entre nós deixou de existir. não aguentes, não te forces...segue-te no clímax que se anuncia. permanece para lá do tempo...deixa-te voar mais alto.