domingo, 4 de novembro de 2007

5.

A testa tem-na franzida e o suor escorre-lhe lentamente pelo lado do rosto pingando gota a gota sobre os ombros nús, que balanceiam ao ritmo que ela impõe. Ele adora tê-la sentada ao seu colo rindo e rodopiando-se, controlando o seu prazer, o de ambos, a cena. Pode vê-la gozar-se de si com os seios dançantes que apalpa e beija e mordisca e abraça contra o seu peito quente...
Agarra-lhe as nádegas com força, com as mãos gulosas completamente abertas e auxilia-a nos movimentos para que o ritmo se torne mais intenso, cada vez mais forte tornando a penetração mais funda. Ela grita, geme, delira de prazer desenfreado e ele, fechando os olhos, entrega-se totalmente ao acontecimento deleitoso mesmo sabendo que, a continuar assim, não vai aguentar muito mais. “Pára um pouco querida, pára um pouco!”

Descontraiem-se ambos num segundo, olham-se e beijam-se apaixonadamente. O movimento é agora mais lento, mais suave, mais amistoso. Ela sopra-lhe o rosto enquanto lhe diz ao ouvido: “Adoro amar-te!”
As línguas voltam a enrolar-se uma na outra repetindo o que querem, o que os torna íntimos. A loucura recomeça.
Afastam-se um pouco e ele concentra-se a observar o movimento delicioso que a sua amante consegue fazer tão disciplinadamente com a musculatura vaginal, sugando o seu pénis no vai-vem sempre novo e prazeroso. Ela está feliz. Sente-se plena por estar a ser apreciada pelo seu amado – o homem que deseja como a nenhum outro. Ele aprecia-lhe o desembaraço e a forma voluptuosa tanto quanto afável com que se mostra e entrega ao acto sexual tornando-o de cada vez, quase original, mas agora, quer tornar-se o seu senhor supremo e com determinação segura-a de novo pela cintura e dá-lhe sinal de que vão mudar de posição. “Estás pronta? Vira-te querida. É a minha vez!”
Imediatamente ela cede e transforma-se numa mulher submissa. Beija-o com carinho enquanto se levanta, para logo de seguida, ainda que com ar atrevido, se espreguiçar com doçura no sofá. Empina-lhe o traseiro provocantemente que ele penetra de uma vez só, para logo lhe mostrar a sua força, o seu vigor. É poderoso! É poderoso!
O suor volta a pingar e a cair nas costas dela o que a estimula ainda mais a tocar-se ao mesmo tempo que o atiça para que lhe dê com mais força e depressa. “Força querido, não páres! Força. Quero mais, quero mais. É delicioso!”

Ele sente-se realizado e vivo como nunca e grita mais alto o seu gozo quando desata a rir à gargalhada palmando-lhe as nádegas roliças e brincando com elas...

A noite segue lá fora, luar e estrelas adentro ... os amantes ....