terça-feira, 9 de agosto de 2011

11.

Sinto-me sedenta de ti, confesso!
Daquele abraço que me envolveu a alma depois de tudo...Tudo.

És engraçado na forma que tens de te mostrares distraído, qual fingidor de sorrisos atrevidos banhados de fantasias insanas, impuras, diabólicas ou, até mesmo, perversas! Gostas de sentir que te torno no actor principal de um filme só nosso. Queres dar-me os motes certos para que escreva o guião com a ponta da língua nos teus locais secretos – aqueles que te fazem rir de prazer quando os descubro. Aqueles que teimosamente beijo com os lábios humedecidos pelas salivas que guardo, dos dois, dentro da minha boca. Adoro quando te sinto surpreendido pelo gozo que, de repente, te tira do sério e te leva a voar para além de ti mesmo. És único...

Não sei, entretanto, se já te tinha dito da lágrima que observaste correr-me cara abaixo naquela noite, mas vou contar-te dela agora. Há lugares que me fascinam, de entre eles Aquele que experimentámos juntos num momento quase-indizível... senti a minha pele trespassada pela tua, revestindo-me de pigmentos escurecidos pela genética extraordinária com que a Natureza te premiou. Bem perto do meu ouvido, escutei-te o tremor da fusão que num golpe só me inundou de ti e nos tornou num vaso de barro esculpido por mãos soberanas...transcendi-me! Aquele abraço envolveu-me a alma...segura(-me)!

És exímio na arte de comunicar o que sentes com o teu corpo! És grande nos movimentos precisos, fortes, determinados com que chicoteias o meu, literalmente. Fazes-me sede...confesso! Gosto de me palpar escorrendo do suor com que me banhas e me refrescas. Gosto que gostes de me ouvir gritar. Gosto que me mintas no ritmo que me pedes, mas que não te atreves a chamar teu! Gosto que me obrigues a desafinar, a perder a pose, a usar todas as palavras de uma só vez! Todas-as-Palavras...Confesso.


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